Tenho um Sonho e Quero Empreender... Como?
Alaxendro Rodrigo
Segunda-feira, 07 de Outubro de 2024

Essa afirmação é feita por muitos brasileiros que sonham com a independência profissional, seja para ter seu próprio negócio ou para dar um upgrade em sua condição financeira. Porém, uma dúvida comum surge: por onde começar?

 

Independente da atividade que representa o seu sonho, é indispensável primeiro conhecer a si mesmo. O autoconhecimento é o ponto de partida para qualquer jornada empreendedora. Algumas perguntas fundamentais podem ajudar nesse processo:

- O que eu realmente desejo alcançar com esse empreendimento?

- Quais habilidades ou conhecimentos já possuo e quais ainda preciso desenvolver?

- Estou preparado para lidar com incertezas e desafios financeiros?

- Tenho clareza sobre o mercado em que desejo atuar?

 

Esses questionamentos são essenciais para estruturar a realidade do seu sonho. É preciso identificar se você possui traços ou habilidades que possam contribuir para a criação de um caminho mais seguro. Para isso, reflita sobre suas ações nos últimos meses ou anos. O que você fez de concreto nesse período? Como você lidou com essas atividades do início ao fim?

 

Outro ponto importante é observar as conquistas que você obteve em atividades anteriores. Pergunte-se: 

- Quais foram as vitórias que obtive ao realizar essas ações? 

- De que maneira essas conquistas impactaram minha rotina? 

- Fui capaz de replicar esses sucessos em outras áreas?

 

Essas reflexões ajudam a identificar padrões de comportamento que podem estar diretamente ligados ao seu sonho de empreender. Se as respostas indicarem características alinhadas ao perfil empreendedor, é um ótimo sinal de que você está no caminho certo.

 

Superando Desafios e Tomando Decisões Informadas

 

Empreender é, por natureza, um desafio constante. O caminho para o sucesso é repleto de obstáculos, mas também de oportunidades. A chave está em identificar esses desafios, seja no planejamento financeiro, na gestão do tempo ou na tomada de decisões, e enfrentá-los com a mentalidade certa. Uma estratégia valiosa é registrar suas respostas e reflexões ao longo do processo. Isso permitirá que você revise periodicamente suas ideias e faça ajustes sempre que necessário.

 

Cada pequeno passo dado em direção ao seu sonho traz aprendizados valiosos. Portanto, faça questão de avaliar suas conquistas, mesmo que pequenas, pois elas indicam o que realmente vale a pena e ajudam a alinhar sua trajetória com seus objetivos pessoais.

 

Dados e Índices que Complementam a Jornada Empreendedora

Para complementar sua busca pelo sucesso, é fundamental estar atento aos indicadores econômicos que impactam diretamente o empreendedorismo no Brasil. Aqui estão alguns dados relevantes para monitorar:

 

Índice de Mortalidade de Empresas: Segundo o SEBRAE, aproximadamente 29% das micro e pequenas empresas fecham as portas nos primeiros dois anos de operação. Entender as causas dessa mortalidade ajuda a evitar erros comuns.

Ambiente de Negócios no Brasil: De acordo com o ranking "Doing Business" do Banco Mundial, o Brasil ocupa a 124ª posição em facilidade de fazer negócios (de 190 países). Estar ciente das barreiras burocráticas e tributárias é crucial para o planejamento.

Empreendedorismo por Necessidade vs. Oportunidade: No Brasil, cerca de 40% dos empreendedores atuam por necessidade (por falta de emprego), enquanto 60% empreendem por oportunidade, conforme dados da Global Entrepreneurship Monitor (GEM).

Inovação e Tecnologia: Empresas que adotam inovações tecnológicas têm maiores chances de sucesso. Um levantamento do IBGE mostra que apenas 33,6% das empresas brasileiras inovam em produtos ou processos. Buscar inovação pode ser um diferencial competitivo.

 

O Caminho do Empreendedorismo

Ser empreendedor é se realizar buscando algo que tenha significado em sua vida, algo que vale a pena arriscar. No entanto, lembre-se sempre de calcular os riscos e estar comprometido com sua realização pessoal. Empreender não é apenas sobre ter sucesso financeiro, mas também sobre crescimento pessoal e profissional. Por isso, ao trilhar essa jornada, alinhe seu sonho às suas habilidades, e esteja sempre disposto a aprender, ajustar e evoluir.

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17/08/2025 - Quanto Vale o Seu Produto? A Arte de Precificar em Tempos de Incerteza
Por que algumas empresas prosperam em tempos de crise enquanto outras fecham as portas? A resposta, muitas vezes, está em algo que parece simples, mas que exige rigor: a forma como precificam seus produtos e serviços. O preço de venda traduz escolhas, revela a maturidade da gestão e reflete o quanto a empresa conhece seu próprio negócio. Mais do que cobrir custos, precificar é transformar números em estratégia, é alinhar eficiência interna com percepção de valor externa. É nesse equilíbrio que se define o futuro das organizações.   “Controlar os custos é disciplina, precificar com estratégia é sabedoria, mas entregar valor é o verdadeiro poder.” A Importância do Preço de Venda A formação do preço de venda é um dos fatores mais relevantes para a sustentabilidade e o crescimento das empresas. Muitos empresários, entretanto, ainda delegam esse processo ao mercado, ao governo ou simplesmente à concorrência, estabelecendo valores por dedução e sem considerar adequadamente seus custos e despesas. Embora variáveis externas sejam importantes, a não avaliação dos componentes do preço impede que a empresa saiba se realmente está obtendo resultados positivos. Assim, torna-se essencial calcular corretamente os custos e despesas para fundamentar a precificação. Principais Finalidades do Cálculo do Preço de Venda 1. Manter-se competitivo: analisar preços praticados no mercado e avaliar a capacidade de competir de forma sustentável. 2. Cobrir custos e despesas: o preço precisa custear todos os elementos da operação, inclusive fixos e administrativos. 3. Gerar lucro: garantir margens que assegurem a rentabilidade do negócio. 4. Possibilitar o crescimento: permitir reinvestimento e sustentabilidade a longo prazo. Conceitos Fundamentais - Gastos: sacrifício financeiro para obter produtos ou serviços (ex.: matéria-prima, salários). - Custos: gastos relativos à produção de bens ou serviços. - Despesas: gastos que viabilizam a receita (ex.: comissões, aluguel). - Desembolso: pagamento efetivo da aquisição de bens ou serviços. - Investimentos: gastos com expectativa de benefício futuro (ex.: estoques, máquinas). Custos Fixos e Variáveis - Fixos: independem do volume de vendas (ex.: aluguel, salários). - Variáveis: ligados diretamente às receitas (ex.: mercadorias vendidas, impostos). - Classificação: despesas podem ser alocadas conforme a área e sua variação em relação às vendas. Panorama Atual das Empresas Brasileiras (Agosto/2025) a)     Confiança da Indústria (ICEI/CNI): 46,1 pontos (abaixo da linha de 50, pessimismo). PMI Industrial (S&P Global): 48,2 em julho/2025 (contração). b)     Inadimplência PJ no Crédito Livre (BCB): 3,1% em julho/2025. c)     Recuperações Judiciais: abril/2025 registrou 167 pedidos (80% de MPEs). d)     Mercado de Capitais: Ibovespa +15,4% no 1º semestre de 2025. e)     Selic: mantida em 15% a.a. em julho/2025. f)      IGP-M/FGV: -0,77% em julho/2025; -1,70% no acumulado do ano. Considerações A correta formação do preço de venda não é apenas uma técnica contábil, mas uma estratégia de sobrevivência diante de um cenário econômico desafiador. Empresas que negligenciam a análise de custos, margens e valor percebido podem comprometer sua sustentabilidade. No contexto atual do Brasil — com confiança empresarial enfraquecida, juros elevados e aumento de recuperações judiciais — a gestão de preços se torna ainda mais crítica. Ao mesmo tempo, setores bem posicionados conseguem aproveitar a valorização do mercado de capitais, mostrando que o equilíbrio entre custo, preço e valor percebido é a chave para a perenidade. Referências Bibliográficas PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade de custos: Teoria, Prática, Integração com Sistemas de Informações (ERP). São Paulo: Cengage Learning, 2015. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2010. DUTRA, René Gomes. Custos: uma abordagem prática. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2010. CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 5.ed. São Paulo: Saraiva, 2010. CNI – Confederação Nacional da Indústria. ICEI – Índice de Confiança do Empresário Industrial. Agosto/2025. S&P Global. PMI Brasil. Julho/2025. Banco Central do Brasil. Indicadores de Crédito. Julho/2025. Serasa Experian. Indicadores de Recuperação Judicial. Abril/2025. B3. Boletim de Mercado de Capitais. Junho/2025. FGV/IBRE. Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Julho/2025.
04/08/2025 - Quem Controla os Dados, controla o Futuro: Lições de Gestão Contábil e Financeira
A Contabilidade Societária como Pilar da Transparência Empresarial A Contabilidade Societária é o ramo da contabilidade dedicado ao registro, controle e demonstração das operações das sociedades empresariais. Seu fundamento legal repousa na Lei nº 6.404/76 (Lei das S/A).Complementada pelos Pronunciamentos Técnicos do CPC, pelas Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) e por obrigações acessórias como a escrituração digital (SPED Contábil). Entre as demonstrações contábeis obrigatórias, destacam-se: Balanço Patrimonial (BP);Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); Demonstração do Valor Adicionado (DVA); e Notas Explicativas. Lançamentos Contábeis e a Lógica do Resultado O domínio técnico de lançamentos contábeis, como: Receita: Débito em Clientes / Crédito em Receita; Provisões: Débito em Despesas / Crédito em Provisões; é essencial para gerar informações fidedignas. O resultado contábil (lucro ou prejuízo) surge da diferença entre receitas, custos e despesas, sendo base para o lucro fiscal, com os devidos ajustes conforme a legislação tributária vigente (LALUR e Regimes Tributários). Cenário Econômico de 2025 e Implicações Contábeis O 1º trimestre de 2025 indicou crescimento de 1,4% no PIB, com a inflação acumulada em 5,67% e a Taxa Selic em 15%. Esses dados impactam diretamente os registros contábeis, exigindo reavaliação de ativos, passivos e investimentos. Fontes: IBGE, Banco Central, Boletim Focus, FGV/IBRE, IPEA (2025). Gestão Financeira como Alicerce da Decisão Estratégica A gestão financeira é planejamento, análise de viabilidade, e inteligência econômica. Em um ambiente onde o PIX movimenta mais de R$ 1 trilhão/mês, dominar finanças é dominar o futuro. Atividades-chave incluem: controle de caixa e orçamento, administração de recebíveis, análise de indicadores de liquidez, rentabilidade e endividamento e decisões de investimento baseadas em VPL, TIR e Payback. Desafios e Boas Práticas no Brasil Atual Principais gargalos: falta de planejamento financeiro, mistura de contas pessoais e empresariais, decisões sem apoio em dados. Boas práticas: renegociação de prazos, avaliação de investimentos com VPL/TIR, revisão de custos e formação de preços com base em dados de mercado. Educação Financeira e Autonomia Gerencial “Quem entende de dinheiro, decide melhor.” A educação financeira é a base para o protagonismo pessoal e profissional. Em especializações e MBAs, o convite é à ação: desenvolver um olhar crítico, analítico e orientado a dados. Considerações A Contabilidade Societária e a Gestão Financeira são instrumentos de fortalecimento institucional e estratégico. Com as transformações regulatórias, digitais e econômicas em curso, exigem atualização constante, responsabilidade técnica e visão ampliada dos negócios. Referências: - BRASIL. Lei nº 6.404/76 – Dispõe sobre as Sociedades por Ações. - CFC – Conselho Federal de Contabilidade. Normas Brasileiras de Contabilidade. - CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. - FGV/IBRE. Boletim Econômico de 2025. - IPEA. Carta de Conjuntura 2025. - CERBASI, Gustavo. Casais inteligentes enriquecem juntos. Sextante, 2022. - KIYOSAKI, Robert. Pai Rico, Pai Pobre. Alta Books, 2020.- https://br.freepik.com/vetores-gratis
19/07/2025 - Mude a Mentalidade, Engaje a Equipe: De Sonhador a Realizador
A transição de empregado para empreendedor exige uma profunda mudança de mentalidade e grande capacidade de adaptação. Não se trata apenas de adquirir novos conhecimentos técnicos, mas também desenvolver noções administrativas essenciais para a gestão eficaz e sustentável do negócio. A diferença entre aqueles que apenas sonham e os que realmente realizam seus objetivos está profundamente ligada à maneira como encaram os desafios durante a jornada. “O que separa os que sonham dos que realizam é a mentalidade com que enfrentam a jornada.”Mentalidade, Adaptabilidade e Aprendizagem ContínuaSegundo Argyris (1991), ambientes que promovem a aprendizagem profunda são aqueles que valorizam o erro como uma oportunidade significativa para insights e melhorias. Essa abordagem facilita a criação de uma cultura organizacional resiliente, fundamental para enfrentar incertezas do mercado e desafios constantes. Ferramentas estruturadas como o ciclo PDCA (Planejar, Fazer, Checar, Agir) e técnicas de retrospectivas ágeis têm se mostrado eficientes para promover uma mentalidade orientada à experimentação, reduzindo o estigma do erro e fortalecendo a resiliência. Empresas que adotam essas metodologias frequentemente observam melhorias significativas em eficiência operacional e inovação (Sutherland & Schwaber, 2020). Indicadores recentes destacam que 82% dos empreendedores de sucesso apontam a adaptabilidade como a habilidade mais crítica para a sustentabilidade dos negócios (Global Entrepreneurship Monitor, 2024). Além disso, 75% das startups bem-sucedidas afirmam utilizar práticas ágeis e ciclos iterativos como parte integrante de sua estratégia operacional (State of Agile Report, 2024).A Importância da Resiliência e do PropósitoNo contexto empreendedor, a mentalidade é claramente orientada para soluções em vez de focar nos problemas. Desenvolver resiliência significa entender que adversidades são etapas naturais do processo. O propósito, por outro lado, conecta diretamente os objetivos pessoais e profissionais, garantindo motivação constante e clareza estratégica nas decisões de negócio. Empreendedores com alto nível de propósito apresentam um aumento de até 60% em produtividade e satisfação pessoal, refletindo diretamente na saúde e crescimento do negócio (Gallup, 2023).Considerações: Viva Melhor com Propósito e GratidãoIncorporar práticas diárias de gratidão e cultivar uma mentalidade positiva podem transformar significativamente a rotina, aumentando autoestima e sensação de realização pessoal. Estudos recentes revelam que a gratidão diária melhora a saúde mental e emocional, reduzindo em até 28% os sintomas de estresse e ansiedade (Harvard Health Publishing, 2023). Mentores, grupos de pares e comunidades empresariais são fundamentais para oferecer feedback construtivo e modelar comportamentos eficazes. Programas estruturados como coaching e masterminds aceleram o desenvolvimento ao introduzir perspectivas diversificadas, desafiando padrões mentais estabelecidos e estimulando a inovação contínua (Whitmore, 2019).Referências Argyris, C. (1991). Teaching Smart People How to Learn. Harvard Business Review.Gallup (2023). The State of the Global Workplace Report 2023. Gallup Press.Global Entrepreneurship Monitor (2024). Global Report 2023/2024.Harvard Health Publishing (2023). Giving Thanks Can Make You Happier. Harvard Medical School.State of Agile Report (2024). 16th Annual State of Agile Report. Digital.ai.Sutherland, J., & Schwaber, K. (2020). Scrum Guide: The Definitive Guide to Scrum. Scrum.org.Whitmore, J. (2019). Coaching for Performance: The Principles and Practice of Coaching and Leadership. Nicholas Brealey Publishing.DAL PIVA, A R
08/07/2025 - Parte IV – Crenças Limitantes que Você Nem Percebe: Redefinindo o Aprendizado e o Protagonismo Pessoal
Vivemos uma era em que a capacidade de adaptação e o aprendizado contínuo são diferenciais competitivos. No entanto, muitas pessoas ainda carregam crenças limitantes invisíveis que sabotam seu crescimento. Essas crenças se manifestam em frases como: “Não sou bom com números”, “Nunca fui criativo”, “Não nasci para liderar” — expressões internalizadas que reduzem o potencial de ação. 1. Aprender a Aprender: Redefinindo o Significado de Aprendizado Um dos caminhos mais poderosos para romper essas barreiras é mudar o entendimento sobre o que significa aprender. Não se trata apenas de adquirir conhecimento formal, mas de desenvolver autonomia na busca por saberes, mesmo sem incentivos externos. Essa capacidade está diretamente ligada à mentalidade de crescimento descrita por Carol Dweck (2006), e pode ser impulsionada pela ideia de que você é o seu próprio estímulo.Segundo dados da McKinsey & Company (2023), 41% das empresas globais já consideram as soft skills — como a capacidade de aprender de forma autônoma — mais importantes do que habilidades técnicas tradicionais. “Talento é o ponto de partida. A mentalidade é o caminho.”   2. Locus de Controle e Protagonismo Pessoal A teoria do Locus de Controle, de Rotter (1966), traz uma distinção essencial: pessoas com Locus interno acreditam que seus resultados dependem de suas ações, enquanto aquelas com Locus externo sentem-se reféns de fatores externos. Para desenvolver um Locus interno, três estratégias são recomendadas: 1.      Estabeleça metas claras e realistas; 2.      Acompanhe seu progresso constantemente; 3.      Reflita sobre lições aprendidas a partir dos erros. Uma pesquisa da Gallup (2024) mostrou que colaboradores com senso de protagonismo têm 23% mais engajamento no trabalho, gerando equipes mais resiliente e produtivas.  3. Superar o Medo de Errar: Rumo à Autonomia O medo de errar é um dos maiores inimigos da inovação pessoal. No entanto, quando se entende que o erro faz parte do processo de aprendizagem, ele deixa de ser uma ameaça para se tornar um instrumento de crescimento. Um estudo publicado na Harvard Business Review (2023) destaca que líderes que criam ambientes seguros para experimentação têm 30% mais chance de desenvolver equipes de alta performance. 4. Soft Skills: Desenvolvimento Contínuo e Equilíbrio Emocional Superar crenças limitantes permite também o aprimoramento das soft skills — habilidades como empatia, comunicação, resiliência e inteligência emocional. Essas competências são hoje consideradas indispensáveis tanto para a vida pessoal quanto para o ambiente organizacional. Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial (2025), as cinco habilidades mais demandadas até 2027 serão: a)     Pensamento analítico; b)     Aprendizado ativo; c)     Resiliência; d)     Inteligência emocional; e)     Curiosidade e atitude proativa. Considerações A mente pode ser nossa maior aliada ou nossa maior prisão. Romper com padrões de pensamento limitantes exige coragem, disciplina e autoconhecimento. Ao redefinir o que é aprender, assumir a autoria da própria trajetória e aceitar o erro como parte do caminho, abre-se espaço para uma vida mais leve, autônoma e produtiva.Dal Piva, A R
29/06/2025 - Mentalidade de Crescimento: A Chave para o Sucesso Pessoal e Organizacional em Tempos de Mudança
Em continuidade: Da Resistência à Inovação - agora Parte IIIA proposta hoje é explorar como a mentalidade influencia diretamente o desempenho individual e coletivo, destacando a diferença entre mentalidade fixa e de crescimento com base nos estudos de Carol Dweck e Albert Bandura. Apresenta dados atualizados sobre os impactos da adaptabilidade em ambientes empresariais, inclui infográfico exclusivo e depoimentos de empresas que aplicaram esses conceitos para alcançar melhores resultados.   Para se situar melhor Em um cenário de transformações aceleradas, a capacidade de adaptação e a mentalidade com que indivíduos e organizações enfrentam desafios tornaram-se diferenciais competitivos essenciais. Conforme Dweck (2006), a mentalidade influencia a forma como as pessoas lidam com fracassos, aprendizados e mudanças. Compreender e desenvolver a mentalidade de crescimento é uma estratégia vital para evolução organizacional.   Mentalidade Fixa x Mentalidade de Crescimento Carol Dweck (2006) define mentalidade fixa como a crença de que habilidades são estáticas, enquanto a mentalidade de crescimento reconhece que competências podem ser aprimoradas com esforço e aprendizado. Estudos de neuroimagem (DOIDGE, 2007) reforçam que o cérebro humano mantém plasticidade ao longo da vida, possibilitando a formação de novas conexões sinápticas.   Uma frase que nos ajuda a compreender melhor. “Você não é o que aconteceu com você, mas o que decide fazer a partir disso.”   Infográfico: Mentalidade Fixa x Mentalidade de Crescimento Característica Mentalidade Fixa Mentalidade de Crescimento Crença central Talentos são imutáveis Habilidades podem ser desenvolvidas Reação a desafios Evita desafios Enfrenta desafios com entusiasmo Resposta a erros Desmotiva-se facilmente Vê erros como oportunidades de aprendizado Feedback Enxerga críticas como ataque pessoal Utiliza feedback para melhorar Dados atuais Segundo a McKinsey (2024), 47% das empresas que estimularam mentalidade de crescimento aumentaram produtividade em projetos estratégicos. Fonte: dados extraídos no estudo 06/2025.   Crenças Limitantes e Autoeficácia Bandura (1986) introduziu o conceito de autoeficácia, mostrando que a confiança na própria capacidade é determinante para a ação. Crenças limitantes, como “não sou bom em números”, restringem o potencial individual ao consolidar narrativas internas que justificam a estagnação.   Alguns Cases de Empresas Da Case Google: A Google implementou programas como o “Grow with Google”, que estimulam mentalidade de crescimento entre líderes e equipes técnicas, incentivando experimentação e aprendizado constante. Resultado: aumento de 40% no índice de inovação em equipes envolvidas (Google Diversity Report, 2023).   Da Microsoft: Satya Nadella, CEO da Microsoft, declarou em 2020 que “adotar a mentalidade de crescimento foi a chave para nossa transformação cultural”. Desde 2014, quando o programa “Growth Mindset at Microsoft” foi lançado, a receita anual da empresa cresceu mais de 200%, reforçando a importância da mudança de mentalidade.   Uma frase que nos ajuda a compreender melhor. “Empresas que mudam processos evoluem. As que mudam a mentalidade, lideram.”   A Mentalidade na Liderança Organizacional No ambiente empresarial, a liderança baseada em escuta ativa e colaboração é fundamental para cultivar cultura de crescimento. Empresas com líderes que incentivam a experimentação apresentam maior inovação e engajamento. Segundo o relatório Global Leadership Forecast 2023 (DDI), apenas 14% dos líderes se consideram preparados para liderar em um mundo em constante mudança.   Considerações A mentalidade de crescimento é mais do que uma vantagem competitiva: é uma necessidade para prosperar em um mundo incerto e dinâmico. Investir no desenvolvimento pessoal e em lideranças capazes de transformar mentalidades contribui para ambientes inovadores, resilientes e preparados para os desafios do futuro.   Referências BANDURA, Albert. Social foundations of thought and action: A social cognitive theory. 1986. DWECK, Carol S. Mindset: A nova psicologia do sucesso. 2006. DOIDGE, Norman. O cérebro que se transforma. 2007. McKinsey & Company. The State of Organizations 2024. DDI. Global Leadership Forecast 2023. Google. Diversity Annual Report 2023. World Economic Forum. Future of Jobs Report 2023.  Dal Piva, A R
21/06/2025 - Da Resistência à Inovação — Parte II: Guia Prático para Empreender em 2025
Empreender é mais do que abrir um negócio — é se abrir à mudança, à escuta e ao aprendizado constante. Em tempos desafiadores como 2025, vence quem tem coragem para reavaliar caminhos, ousadia para inovar e sabedoria para liderar com propósito. A transformação começa dentro, e o sucesso começa com a ação. 1. Mude a Mentalidade, Engaje a Equipe Desafio Abordagem Recomendada Resultado Esperado Resistência a novas ideias Mindset de crescimento: incentive a experimentação e valorize o erro como aprendizado. Ambiente criativo e inovador Baixo engajamento Escuta ativa & liderança colaborativa: convide o time a co-criar metas e processos. Maior pertencimento e produtividade Falta de foco Metas SMART revisadas com frequência Clareza de prioridades e senso de urgência Dica prática: reserve 15 minutos semanais para um huddle de “melhorias rápidas”, onde cada pessoa traz uma ideia de otimização. A soma de pequenos ajustes gera grandes ganhos. 2. Domine o Cenário Econômico 1. Tributos e incentivos a)     Conheça regimes (Simples, Lucro Presumido, Lucro Real) e benefícios setoriais. b)     Monitore as mudanças da reforma tributária: CBS/IBS e novos créditos. 2. Linhas de crédito inteligentes a)     Priorize capital de giro de baixo custo (ex.: Pronampe, FINEP) e negocie prazos compatíveis com seu fluxo de caixa. b)     Mantenha indicadores financeiros (EBITDA, Índice de Cobertura) atualizados para ganhar poder de barganha bancária. 3. Gestão de riscos a)     Mapeie câmbio, inflação, cenário político e concorrência usando matriz de probabilidade × impacto. b)     Defina limites de exposição (VAR) e planos de contingência. Por quê importa: buscar uma nova oportunidade profissional ou ajustar seu plano de negócios sem entender o ambiente macro é navegar sem bússola.  3. Os Pilares da Jornada Empreendedora Pilar Pergunta-chave Atitude de 2025 Comprometimento Estou disposto a investir tempo e capital por X anos? Formalize metas trimestrais e métricas-chave. Risco calculado Qual minha perda máxima aceitável? Use cenários pessimista, base e otimista. Busca contínua por oportunidades Quais dores do cliente ainda não resolvi? Aplique design thinking com clientes reais. Persistência disciplinada Como reagirei após um fracasso? Ciclos curtos de feedback e retros mensais. 4. Rede de Contatos: Seu Ativo Invisível Mapa de relacionamentos: liste parceiros, mentores, fornecedores e potenciais clientes em um CRM simples. Give > Take: ofereça conhecimento ou conexões antes de pedir algo. Eventos estratégicos: priorize encontros de nicho (ex.: fintechs, agritechs) para acelerar sinergias.  5. Gestão Agile na Administração Princípio Agile Aplicação Administrativa Benefício Colaboração Sprints interdepartamentais (Finanças + Operações) Elimina silos e reduz retrabalho Melhoria contínua Kaizens quinzenais nos processos de contas a pagar/receber Redução de custos e prazos Autonomia Delegar OKRs a squads responsáveis por KPIs Decisões mais rápidas, senso de dono Passo a passo inicial:                  i.          Defina um Product Owner (ex.: gestor financeiro).                 ii.          Crie um backlog com 10 melhorias de valor.               iii.          Execute sprints de 2 semanas e revise entregas em retrospective objetiva de 30 min. Considerações   A transformação começa dentro, e o sucesso começa com a ação. Escolha uma dessas iniciativas e coloque-a em prática nas próximas 24 horas. O futuro do seu negócio — e da sua carreira — dependerá de quão rápido você converte conhecimento em movimento.Dal Piva, A R



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